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Wellington Holanda/Erlandes Júnior
“Barack Obama é promissor, mesmo. Homem do povo, como todos nós, teve infância difícil, sofreu o preconceito que era e até hoje é muito forte nos Estados Unidos por ser negro, teve uma adolescência normal, trabalhou duro. É como nosso Lula, só que mais qualificado pelo simples fato do investimento em educação na terra do Tio Sam ser melhor. “
Na estréia do quadro de entrevista, a Equipe do The Revolutions entrevista o jovem Emerson Leandro, 17 anos, atualmente estudante e Colunista no GiiBlog e Fábrica de Heróis, tendo em pose um alto nível de opiniões. Emerson também é músico, participante da blogosfera em diversas formas. Na entrevista a seguir, Emerson debate sobre sua Filosofia de vista e precipitantes sobre suas opiniões sobre religião e o atual Governo Brasileiro e Internacional.
The Revolutions: Quem é o Emerson Leandro?
Emerson: Emerson Leandro é só um moleque de 17 anos, com sonhos, ambições e idéias. Participa da blogosfera nas mais variadas formas, é um workaholic preguiçoso, gosta de videogames, leitura e música.
The Revolutions: O que você acha da Política atual no Brasil?
Emerson: Podia dizer que é pão e circo. Mas agora é pão, circo e cachaça.
The Revolutions: Você acha que se o Brasil fosse possuidor de uma organização digna e honesta por parte dos políticos, seriamos um país do primeiro mundo?
Emerson: Digo convicto que essa é a única coisa que nos separa do primeiro mundo. Pois políticos bons investiriam em educação e reformulação cultural. Assim, a maioria "ignorante"(muitas vezes não por opção) saberia tirar o melhor dos nossos milhares de recursos. Brasil é um país riquíssimo, de muita beleza e cultura. Só falta sabermos dar o valor correto e sabermos utilizar isso ao nosso favor. Alguns sabem e o fazem... Mas falta mais gente nessa iniciativa.
The Revolutions: Acredita que a política brasileira entrou em um buraco sem fim?
Emerson: Não, não. Mas tá no fundo do buraco. Nada impossível de reverter. Mas vai levar tempo... E muito esforço coletivo.
The Revolutions: O atual Governo brasileiro, trás boas esperanças pra os eleitores?
Emerson: Olha, essa eu vou responder sinceramente que não tenho idéia. Se trás, eu não sei. Mas só resta a um eleitor procurar sobre seu candidato, votar consciente de que aquele é o certo e, se não for, ter esperança de que qualquer coisa cósmica que se acredite, seja Deus, seja uma epifania espontânea por parte dos políticos, faça com que os ventos soprem em direções mais propícias ao progresso e bem estar da nação. Se bem que, bem no fundo, esses caras nunca vão querer largar a nação toda no lixo, afinal, eles também vão junto com a gente caso isso aconteça. Eu, como cidadão, vou, parcialmente, parafrasear o nosso presidente, em plena expressão das minhas esperanças: "Tem gente que não gosta do meu otimismo, mas eu sou corintiano, católico, brasileiro e ainda sou presidente do país. Como eu poderia não ser otimista?" - Claro, eu não sou o presidente do país.
The Revolutions: Falando sobre a política internacional, você acha que o ciclo de marketing que gerou em volta do atual presidente norte-americano, seja favorável? Acredita que como muitos americanos e até mesmo brasileiros dizem, ele é o novo Messias para a Política Mundial?
Emerson: Messias é uma palavra forte, cara. Barack Obama é promissor, mesmo. Homem do povo, como todos nós, teve infância difícil, sofreu o preconceito que era e até hoje é muito forte nos Estados Unidos por ser negro, teve uma adolescência normal, trabalhou duro. É como nosso Lula, só que mais qualificado pelo simples fato do investimento em educação na terra do Tio Sam ser melhor. Acho-o muito qualificado justamente por isso. Ter visto o inferno que é a vida do proletário, das classes médias e baixas, ter dado sangue, suor e lágrimas junto com muitos trabalhadores e, ainda assim, ter tido a educação para torná-lo capaz de saber administrar as coisas. Acredito que ele poderá fazer muito pelos Estados Unidos e pelo mundo inteiro, mas não sem um sucessor igualmente equilibrado. Daqui a 4 ou 8 anos, veremos se o esforço valeu a pena, com o mandato tomado por um novo candidato. Mas, mesmo otimista, tenho certeza que não será algo que Obama vá fazer de hoje pra ontem. Talvez seja mais fácil transformar água em vinho. Todo mundo sabe, ele, melhor do que ninguém, que será um trabalho árduo. Mas, para um homem que consegue administrar seu tempo gerindo o lar, educando crianças, cuidando da boa forma e saúde, cuidando de plataformas políticas, planejamentos, auditorias e todas as obrigações presidenciais, acho que não será nada impossível de ser feito.
The Revolutions: Indo um pouco pra política antiga, na Alemanha. O que você pensa sobre a Política da Ditadura na Alemanha, designada de Nazismo?
Emerson: Política? Bem... Foi uma coisa estranha. Porque, como é sabido, antes do mandato de Hitler, grande parte das economias alemãs ficava nas mãos de judeus, mas não só. Era uma maioria dentro da minoria endinheirada. Só que o Führer teve a idéia, ou paranóia, de mandar exterminar até judeu que não fez bar mitzvá por falta de grana pra comprar pão. Enfim. A Política girou em torno da loucura de Hitler. O plano foi genial, só que entre a genialidade e a loucura, um dos dois cai. E, quando se é um ditador que comprou briga com todos os países que não fossem dominados pela sua "raça pura", é mais fácil que a loucura vença. Aí o plano todo foi pro lixo. Eu gostaria mais se Hitler tivesse cumprido mais o que falou nos discursos do que feito o que fez.
The Revolutions: Quem foi Adolf Hitler pra você? Foi um Gênio que por partes teve idéias brilhantes, ou foi um Monstro que assombrou a vida dos Judeus?
Emerson: Cara... Adolf Hitler foi um moleque normal, com QI acima da média, que teve uma educação alimentada por ódio já que o seu tutor/mentor era assumidamente anti-semita. Mas, se formos ver a história dele, veremos que até parente judeu ele tinha. Ele era um gênio, mesmo. Em questão de inteligência, era incrível. Mas também teve o lado monstro, o lado louco. E foi essa louca monstruosidade, ou monstruosa loucura, que fez com que toda a genialidade fosse desperdiçada. Afinal, cada novo dia pra ele era uma bênção depois de ter sofrido atentado de generais há quem muito confiava.
The Revolutions: O Israel comente ataque contra povos praticamente indefesos. A existência de Israel só gerou ódio, conflitos, guerras, mortes, mortes, mortes e mortes. Pra você, Israel deveria existir?
Emerson: Ó, isso é uma coisa realmente relativa. Israel, como estado político, deveria sim continuar existindo. Mas ataques assim deveriam ser abolidos. Eu, sinceramente, me perdi nesse assunto nos últimos tempos. Sabia que existia guerra entre judeus e islâmicos pela posse de Israel, e isso causava as guerras e toda a merda que acontecia por lá. Mas agora que o próprio Estado está atacando, e eu já não sei quem está no comando, sugiro somente que seja reformulada a liderança. Mas Israel já é um estado político, não deveria ser extinguido, a menos que não haja mais outra maneira. Aí, é Enola Gay neles! - (risos)
The Revolutions: Há duas explicações, não necessariamente excludentes, para o antiamericanismo dos muçulmanos. A primeira é que esse sentimento decorre de um ódio religioso à modernidade, simbolizada pelos Estados Unidos. A outra que ele é resultado de ações políticas concretas dos americanos no Oriente Médio. Qual delas o senhor acha a mais determinante?
Emerson: Ambas. Como diz o ditado, chulo mas verdadeiro, "o que é um peido pra quem tá cagado?". Se os americanos não tivessem feito nada contra o Oriente Médio, mesmo assim os mulçumanos do oriente(veja bem: do oriente) continuariam a ter ódio da modernidade e progresso que representa os EUA. Por outro lado, o ódio continuaria mesmo se os Estados Unidos fosse um país mais conservador, mas tivesse ido explorar o petróleo, a custa de vidas, no oriente, só, por exemplo. Falei de mulçumanos do oriente, sim, porque conheço mulçumanos e não existe, por parte dos que conheço e que residem no Brasil, nenhum problema com a modernização do mundo e da renovação de alguns conceitos. Só que eles guardam os mais conservadores para si.
The Revolutions: Saindo do assunto político e entrando na Filosofia. O que é a Filosofia pra você?
Emerson: Do grego, filos = gostar, sofia = saber. Gosto pelo saber. Acho que isso é auto-explicativo.
The Revolutions: Qual é a importância da Filosofia na sua vida, seja ela na Música, na Arte ou na Política?
Emerson: Bom... A filosofia é o que nos leva a questionar valores, crenças, em busca de uma sociedade melhor, em busca de progresso. Na música, ela se expressa através das letras, que mostram diferentes correntes ideológicas e leva ao ouvindo uma mensagem com novas idéias, boas ou ruins, dependendo de quem ouve, para o futuro da sociedade. O mesmo se faz na arte, porém, através de desenhos, tirinhas, esculturas, pinturas... Aliás, música também é arte e arte nada mais é que a exteriorização do interior do artista, a mais pura expressão de seus sentimentos, pensamentos, anseios, medos, dúvidas, questionamentos, posições políticas... E, falando em política, talvez seja onde mais precisamente a filosofia deveria agir. Pois os políticos que cuidam do desenvolvimento da sociedade em que vivemos e é de profunda importância que estejam sempre questionando falhas, problemas, fraudes e procurando soluções.
The Revolutions: Quem você consideraria a pessoa mais sábia da história da humanidade e por quê?
Emerson: A pessoa? Jesus Cristo. Podem não acreditar que ele existiu como mega entidade divina, mas ele mudou o curso da história. Foi um homem político, um homem religioso, pregava seus ideais, adquiriu seguidores e aceitou morrer como os piores bandidos da época morriam, em prol desses ideais. Ideais aos quais eu dou muito valor. O mundo precisa muito de mais união e fraternidade entre os povos.
The Revolutions: Você acredita em Deus? Por quê? É adepto a alguma religião?
Emerson: Essa é uma questão de resposta fácil, mas não sei porque o ar que chegou em mim me deixou um pouco desconfortável. Mas vamos lá. Sim, acredito muito em Deus. Por quê? Bem... Eu acho impossível que toda a existência se limite a uns 80 anos de reações químicas e tudo vá pro saco, assim como que todo um universo, com seres vivos, leis próprias, tudo tão minuciosamente arquitetado tenha vindo de mera coincidência... Se for, então é capaz de coincidência ser outro nome pra Deus. Sou católico, mas não tenho problemas com quem seja de qualquer outra religião porque eu creio, mas nunca poderei afirmar que minhas crenças estão certas e a porra toda. Pensa só, eu morro e me encontro com Brahma, Shiva e Krishna me cobrando satisfações!- (risos)
The Revolutions: O que você espera para o futuro do Cristianismo, até o fim deste século?
Emerson: Outra pergunta sobre minhas crenças religiosas, novamente me trazem um ar um pouco mais tenso. Mas não espero muito não, ó. O Cristianismo representa um terço da crença mundial e não creio que vá acabar tão rapidamente. Talvez o catolicismo perca uma parte maior dos fieis para igrejas cristãs protestantes. De qualquer forma, ainda temos mais 91 anos pela frente pra discutir o futuro do Cristianismo até o fim do século. Se acabar como religião institucionalizada, ao meu ver, terá prós e contras. Só sei que eu continuarei com meus Ideais e crenças em meu interior. O resto é o resto.
The Revolutions: Bom Emerson, toda a Equipe do The Revolutions só tem a agradecer a sua entrevista na estréia do nosso novo quadro. Deixamos esse espaço aberto pra você deixa uma mensagem pra todos os leitores do nosso blog, obrigado.
Emerson: Minha mensagem a todos os leitores é simples: Aproveitem bem a vida, as pessoas que lhe rodeiam, diga sempre o que sente e não reprima nada. Procura ser consciente nas suas escolhas, pessoais ou públicas(política entra aqui), para não querer voltar atrás. E faça isso não por uma necessidade absurda de ser conscientes, ou porque a sociedade te cobra, mas como um gestos de consideração consigo mesmo e com quem você ama e só quer o melhor. Afinal, vivemos numa sociedade emergente e, a menos que façamos algo para melhorá-la, dificilmente os problemas externos relacionados a ela se resolverão. É isso aí. Aliás, eu que agradeço o espaço pra falar um pouco das minhas idéias, mesmo ainda sendo "underground" ou "outsider" na blogosfera, em meio a tantos blogs bons e grandes.
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1 Comment:
NÃO sou literário!
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