O primeiro poste do blog será dedicado ao um assunto político bastante conhecido na história mundial.
A marca deixada por Adolf Hitler na História é como um borrão de sangue. Desde que o Líder do Partido Socialista assumiu o poder da Alemanha conturbada de 1933, até o apocalíptico desfecho da Segunda Guerra Mundial, os povos civilizados assistiram com horror, ou sofreram na própria carne e na própria dignidade, ao desencadeamento de uma onda de violência e obscurantismo em escala sem precedentes na longa e sóbria crônica de conflitos humanos. Conduzindo uma Alemanha hipnotiza e esquecida de suas tradições mais nobres, Hitler levou a ignorância arrogante e o fanatismo implacável às raias da demência coletiva. O regime de preconceitos e crueldade que impôs a seu povo – com o consentimento e até com o entusiasmo desde – e que pretendeu implantar na Europa e no mundo, deveria, segundo ele, durar mil anos. Durou 11 e, por onde passou, como uma praga ou uma peste, só restaram lagrimas, ódios e remorsos.
Uma pergunta imediatamente ocorre a quem estuda o período da Segunda Guerra Mundial: como tudo aquilo foi possível? A doutrina pseudocientífico do nazismo, os campos de concentração, o extermínio frio e metódico de milhões de seres humanos, submissão completa de um país culto à vontade maléfica e às idéias destorcidas de um tirano brutal e insensível – como tudo aquilo foi possível? Por que tão poucos resistiram ao vírus nazista, quando ainda havia condições de resistir? E, na alucinação mórbida da degringolada final, por que tantos permaneceram obstinadamente fieis a Hitler, até o limite extremo da dedicação quando já não havia, mas nenhuma esperança?
Definitivamente não temos respostas simples para essas perguntas. Hitler foi o trágico resultado de uma convergência de fatores – políticos, econômicos, sociais, militares, psicológicos – que se somaram e se agravaram reciprocamente. O que há, talvez, de mais terrível nesse quadro é que ele é compreensível e que tudo poderia ter sido evitado, se a omissão de muitos e a irresponsabilidades de outros não tivessem acelerado, em vez de conter, a louca corrida de Adolf Hitler para o abismo.
Os primeiros seguidores do Hitler – a massa original do nazismo – foram recrutados nas camadas mais marginalizadas, mas ressentidas, mas atemorizadas pelas incertezas dos tempos e, por isso mesmo, mas agressivas e, mas dispostas a entregar se incondicionalmente a uma liderança ousada e salvadora. O baixo nível intelectual e político dessas camadas e dos próprios lideres nazistas permitiu a propagação, com o ímpeto de uma planta selvagem, de uma doutrina feita de aberrações mais que correspondia à realidade de um quadro psicológico anormal, num país traumatizado e perplexo. As classes politicamente, mas sofisticadas e a casta militar revanchista, embora reconhecendo e ridicularizando o primarismo da pregação de Hitler e a brutalidade dos seus métodos, viram nele um instrumento a ser provisoriamente utilizado para alcançar os objetivos de liquidação de ameaças comunistas, de rearmamento e reerguimento nacional. Acho que esse foi seu erro fatal: em vez de se deixar simplesmente utilizar, Hitler pelo contrário aproveitou-se do dinheiro que lhe era oferecido e da cobertura dos militares para consolidar o seu movimento e o seu poder pessoal, assumindo efetivamente o controle completo da Alemanha. E a máquina de repressão e de guerra do nazismo foi ganhando vitórias espetaculares ao mesmo tempo em que impunha, por onde passava uma ordem totalitária e impiedosa, baseada no culto de uma suposta “raça superior”, no preconceito e no desprezo pela dignidade da pessoa humana. O balanço final da destruição provocada por Adolf Hitler é estarrecedor. Sem falar nos imensos estragos materiais da guerra e nos soldados civis que ele matou, 12 milhões de pessoas, das quais 6 milhões de judeus, foram liquidados nos campos de concentração. Já no final do pesadelo, quando a derrota da Alemanha não podia mas ser evitada, algumas vozes tímidas, no grupo mas próximo de Hitler, sugeriram que o tirano capitulasse e, esquecendo-se de si mesmo, salvasse o que ainda era possível salvar do seu país. Ao que Hitler, com suprema insensibilidade, respondeu que a Alemanha, não tinha sido capaz de cumprir a missão que ele lhe confiaria, não merecia sobreviver... Esse é o homem!
By: Vinícius Victor
6 Comments:
Karamba começou muito bem heim!
bem profundo o seu primeiro post e seu blog esta muito bonito parabens
Aos seus olhos, Hitler se mostrou-se como um oportunista, tendo em vista as más condições que abrangeram a Alemanha nesse período. Ele tinha um grande força em suas mãos, e não soube como lidar com isso. Porém, não acredito que as circustâncias locais, as condições sociais, foram responsáveis por este fato devastador que foi a era Hitler. Acredito que o poder tenha subido a sua cabeça, de forma que se tornara instável. Acredito que alguns pensem que Adolf Hitler tinha problemas mentais, mas não. Ele foi apenas infectado pela Síndrome de Politicagem. Sempre querendo mais. E como estamos falando de um período onde a informação não era em tempo real, alguns acontecimentos passavam em branco.
Mas interessei-me pela indagação feita pelo caro autor. As pessoas não viam o que estava acontecendo Como deixaram se levar por isso? Realmente foi resultado das condições sociais?
Lanço aqui mais uma pergunta?
Se estavam tão insatisfeitos por que não lançaram-se em uma revolta sociai? Por que enxergaram Hilter como uma oportunidade de progredir?
Não acredito que elas não tivessem propescto intelectual, como foi afirmado pelo caro autor. Mas eles provavelmente tenham sido reprimidos como era típico nesse período, onde as massa populares não exerciam peso nas decisões de uma nação em questão.
Richard,
O pior e ver ainda hoje manifestacoes neonazistas pelo mundo.
Você realmente estudou esse cara hein? Tá de parabéns!
Nunca existiu, nunca existirá alguém assim.
Não admiro nem concordo com esse cara que está tão bem morto, mas eu acho o seguinte, ele conseguiu tal confiança segue em cima dele, seguidores (a maioria não pensa pela sua cabeça,por isso, prefere seguir) despersonalizados passaram à seguir junto. A diferença entre ele e as pessoas é que ele tinha um objetivo, autoconfiança, enqüanto 95% da raça humana carece disso.
Ele estava errado? Quem hoje em dia ou naquela época parava para pensar o que é certo ou errado? Quem tem coragem para seguir o certo?
Resumindo, eu acho que quando alguém acredita em si mesmo, faz os outros acreditarem. Claro que os que se conhecem realmente e tem domínio de si mesmos jamais serão guiados. Esses são os sábios e homens que se tornaram alguma coisa na vida, não famosos, mas quem fez a diferença.
(Para ser famoso só é preciso mostrar a bunda hoje em dia.)
Vim lá do Orkut. Ufa, faz tempo que não comentava tanto assim.
Adorei viu?
http://bala-salgada.blogspot.com
Clima dark aqui *-*
Adolf Hitler era emo *_*
hahahahahahahahaha
belo post!
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